Confesso, sem nenhuma pretensão de nada, que histórias
de superação me chamam a atenção. Em especial daquelas pessoas que tinham tudo
pra sentar e chorar: “óh vida, óh céus, oh azar” e encontram, ou mesmo criam oportunidades
onde poderia haver só conformismo.
Mas foi bastante desproposital a forma que conheci a
história a seguir.
Não sei se pelo colorido da foto (ou será porque meu
subconsciente identificou os livros antes da minha consciência?), mas dia
desses essa imagem me chamou a atenção de imediato.
Trata-se da biblioteca de uma escola flutuante. Isso mesmo, uma escola - com tudo
o que tem direito - montada dentro de um barco, em Bangladesh, país asiático rodeado
quase que todo pela Índia.
Equipadas com bibliotecas, salas de aula e computadores
e notebooks com acesso à Internet, as vinte barco-escolas movidas por energia
solar navegam para levar ensino e conhecimento para crianças moradoras de
regiões que tornam-se isoladas em época de chuvas.
Ao todo, quase 88 mil famílias
são beneficiadas pela ideia desenvolvida pela ONG Shidhulai Swanirvar Sangstha, que ganhou
diversos prêmios nacionais e internacionais pela peculiaridade e impacto do projeto.
E além das crianças, adultos também podem frequentar cursos de Nutrição, agricultura sustentável, gestão de resíduos e direitos humanos, disponibilizados por algumas das escolas flutuantes.
Em Bangladesh, oitenta por cento da população não tem
acesso regular à energia elétrica. Por isso, o projeto também oferece às
crianças lanternas, sem nenhum custo, para que possam continuar seus estudos em
casa.
Aqui no Brasil, o SENAI de Amazonas realiza um projeto
parecido para comunidades ribeirinhas da região. No entanto, se trata do barco-escola Samaúma, de cursos
profissionalizantes.
Às margens do rio, a embarcação oferece dezessete cursos,
entre eles os de mecânica, costura industrial, marcenaria, educação ambiental,
panificação e confeitaria e motores marítimos.
O bacana é que os cursos são voltados para a formação
de empreendedores, e não apenas formar mão-de-obra nessas áreas.
As atividades realizadas no barco já formaram mais de
33 mil alunos, e atuou também em municípios ribeirinhos do Pará, Roraima e Acre.
Essas experiências levam muito mais que ensino. Levam cidadania, fortalecem a auto-estima dos envolvidos, promovem inclusão.
E sabe qual a lição mais importante que essas pessoas aprendem por meio dos barcos flutuantes?
A capacidade de superação frente adversidades.
Fonte: http://www.shidhulai.org
http://www.fieam.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário