Créditos da foto: Fernanda Romero

Créditos da foto: Fernanda Romero

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ensino Inovador

Confesso, sem nenhuma pretensão de nada, que histórias de superação me chamam a atenção. Em especial daquelas pessoas que tinham tudo pra sentar e chorar: “óh vida, óh céus, oh azar” e encontram, ou mesmo criam oportunidades onde poderia haver só conformismo.

Mas foi bastante desproposital a forma que conheci a história a seguir.
Não sei se pelo colorido da foto (ou será porque meu subconsciente identificou os livros antes da minha consciência?), mas dia desses essa imagem me chamou a atenção de imediato.


Trata-se da biblioteca de uma escola flutuante. Isso mesmo, uma escola - com tudo o que tem direito - montada dentro de um barco, em Bangladesh, país asiático rodeado quase que todo pela Índia.




Equipadas com bibliotecas, salas de aula e computadores e notebooks com acesso à Internet, as vinte barco-escolas movidas por energia solar navegam para levar ensino e conhecimento para crianças moradoras de regiões que tornam-se isoladas em época de chuvas.


Ao todo, quase 88 mil famílias são beneficiadas pela ideia desenvolvida pela ONG Shidhulai Swanirvar Sangstha, que ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais pela peculiaridade e impacto do projeto. 

E além das crianças, adultos também podem frequentar cursos de Nutrição, agricultura sustentável, gestão de resíduos e direitos humanos, disponibilizados por algumas das escolas flutuantes.





Em Bangladesh, oitenta por cento da população não tem acesso regular à energia elétrica. Por isso, o projeto também oferece às crianças lanternas, sem nenhum custo, para que possam continuar seus estudos em casa.



Aqui no Brasil, o SENAI de Amazonas realiza um projeto parecido para comunidades ribeirinhas da região. No entanto, se trata do barco-escola Samaúma, de cursos profissionalizantes. 

Às margens do rio, a embarcação oferece dezessete cursos, entre eles os de mecânica, costura industrial, marcenaria, educação ambiental, panificação e confeitaria e motores marítimos.



O bacana é que os cursos são voltados para a formação de empreendedores, e não apenas formar mão-de-obra nessas áreas.

As atividades realizadas no barco já formaram mais de 33 mil alunos, e atuou também em municípios ribeirinhos do Pará, Roraima e Acre.

Essas experiências levam muito mais que ensino. Levam cidadania, fortalecem a auto-estima dos envolvidos, promovem inclusão. 

E sabe qual a lição mais importante que essas pessoas aprendem por meio dos barcos flutuantes? 
A capacidade de superação frente adversidades.



Fontehttp://www.shidhulai.org
          http://www.fieam.org.br

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